VÃO QUEBRAR O PAÍS! Rombos nas contas públicas durante governo Lula se aproxima dos níveis da pandemia
- Rejane Moraes
- 24 de mai. de 2024
- 2 min de leitura
Com o governo gastando mais do que arrecada e pagando o maior volume de juros em sete anos, o déficit total das contas públicas brasileiras se aproxima dos recordes atingidos durante a pandemia de Covid-19. A situação tende a piorar com as despesas de socorro e reconstrução no Rio Grande do Sul.
A União, estados, municípios e estatais acumularam um déficit nominal de R$ 999 bilhões em um ano, conforme dados atualizados até março pelo Banco Central. Esse valor, ligeiramente inferior ao registrado até fevereiro (R$ 1,015 trilhão), ainda está próximo do recorde nominal de R$ 1,017 trilhão atingido em janeiro de 2021. Mais de 90% desse déficit, cerca de R$ 829 bilhões, é atribuído ao governo federal, enquanto o Banco Central contribuiu com R$ 87 bilhões. Estados e municípios registraram um déficit de R$ 75 bilhões e empresas estatais, R$ 8 bilhões.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o déficit nominal em 12 meses correspondeu a 9,1% em março. Embora essa porcentagem seja inferior aos piores momentos da pandemia, quando o déficit atingiu 13,5% do PIB em outubro de 2020, a situação atual é preocupante. O patamar atual é comparável ao observado entre 2015 e 2017, período em que o déficit superou 9% do PIB, alcançando 10,7% em janeiro de 2016. O déficit nominal resulta da combinação entre o déficit primário e os juros da dívida.
Durante a pandemia, o principal fator de pressão era o déficit primário, com o governo federal gastando bilhões no combate ao vírus. Em 2020, o déficit primário atingiu R$ 703 bilhões, ou 9,2% do PIB. Com a taxa Selic reduzida a 2% ao ano, os juros totalizaram R$ 312 bilhões, ou 4,1% do PIB.
Em 2024, a pressão maior vem dos juros. Com a Selic ainda acima de 10% ao ano, a despesa com juros somou R$ 746 bilhões em 12 meses até março, ou 6,8% do PIB. Esse nível de despesa com juros foi visto anteriormente no primeiro mandato de Lula e entre 2015 e 2017, com um pico de 9% do PIB em 2016.
O déficit primário também permanece alto, com um saldo negativo de R$ 253 bilhões (2,3% do PIB) em março. Esse valor, excluindo o período da pandemia, se aproxima dos déficits de 2016 e 2017, quando os déficits primários superaram 2% do PIB, alcançando um recorde de 3% em setembro de 2016.
(Revista Exílio)
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